sexta-feira, 23 de abril de 2010

MV BILL EM TUCURUI

Em mais uma ação conjunta entre a CUFA-Pará, Secretaria de Estado de Cultura do Pará e Eletrobrás, o rapper MV Bill estará de volta à terras amazônicas para uma especial participação no III Salão do Livro de Tucurui, que acontecerá entre os dia 8 e 16 de maio.

Com o objetivo de repetir o sucesso que aconteceu na Feira Pan-Amazônica do Livro na capital paraense, em novembro de 2009, Bill será o centro das atenções no espaço Fala Sério, que visa principalmente promover um bate-papo descontraído entre o público do evento e o artísta, que em virtude de ter uma ligação muito forte com questões políticas e sociais no Brasil, sempre é uma das atrações mais esperadas, não somente pelo público jovem, como muitos podem pensar, mas também pela classe mais engajada da sociedade, jovens ou não.

A experiência de vida de MV Bill, assim como suas músicas, seus livros e suas palavras costumam sempre causar algum impacto nas platéias que o assistem, por isso todo espaço em que ele está fica cercado de muita polêmica. Os questionamentos são intensificadoa e de certa forma até podem revelar algum protesto, o que sem dúvida dá um tom bem mais interessante a qualquer evento.

As expectativas para receber MV Bill no município de Tucuruí são as mais possitivas possíveis, tanto pelo público em geral como pela equipe da Cufa do Pará, especialmente para a base localizada na mesma cidade do evento. Afinal não é sempre em que se pode receber em casa um ícone tão importante da música e da arte brasileira e também da história organizacional da Central Única das Favelas, construída a partir do trabalho ativo de Biil e Celso Athayde.

A presença mais do que especial de MV Bill, também será uma grande oportunidade para apresentar a ele o processo de construção dos projetos que a Cufa levou para aquele município. Projetos esses que estão contando com parcerias importantes para sua realização, como é o exemplo da Etrobrás e da Secult.

A partir de já a Cufa-Pará entra em contagem regressiva para ciceroniar MV Bill.

Até o dia 13!!!!!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

A FORÇA VEM DAS PARCERIAS


Em uma reunião no último dia 13 de abril a Cufa-Pará apresentou à Eletrobrás, no município de Tucuruí, o projeto da Liga Internacional de Basquete de Rua - Seletiva Pará 2010.
A recepção foi feita pelo Diretor de Responsabilidade Social da empresa, Sr. Degival Sousa, que na ocasião disse já conhecer alguns dos projetos da Cufa, não somente no estado, mas em todo o país, através da cobertura da mídia dos eventos e ações.
O projeto tem como objetivo fazer uma seltiva de maior proporção, comparado a do ano de 2009. Este ano a proposta é a realização de duas etapas do campeonato. Uma denominada de Norte/Nordeste Paraense, com pólo na capital (Belém) e contemplando as cidades de Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Izabel, Vigia, Mosqueiro, entre outros. E outra chamada de Sul/Sudeste Paraense, com pólo na cidade de Tucurui, abrangendo Goianésia, Tailândia, Breu Branco, Novo Repartimento, Marabá e outros daquela região.
Esses eventos terão as fases de mobilização do público e capacitação de atletas, árbritos, através de oficinas de basquete de rua, grafite, break e rap, além dos congressos técnicos e palestras sobre assuntos de interesse da juventude. Com isso há a intensão de atrair a atenção de todas as comunidades, do poder público e da sociedade para a importância da prática do esporte como ferramenta de transformação social nas periferias, agregando a arte e cultura como reforços do objetivo definido, que é oferecer um novo caminho para aqueles que não tem oportunidades.
O projeto foi muito bem recebido pela Eletrobrás e apesar de ainda não ter sido aprovado, houve uma grande sinalização quanto a possibilidade de apoio para a realização do evento. Alguns ajustes foram solicitados pelo Sr. Degival para que possa ser encaminhado para a alta diretoria da empresa. Ajustes esses que já estão sendo realizados pela Cufa-Pará, que tem o prazo de até o dia 19 de abril para entregar o projeto devidamente alterado.
Na reunião estiveram presentes, Luciana Hage, coordenadora estadual de comunicação, Jonatha Bugarim, coordemador municipal de Tucuruí, Derivaldo e Wellington, que fazem parte da equipe da região de Tucuruí.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Editorial do mês
Por Claudia Maciel
Jornalista

Do que os jovens precisam?

É desumano saber que existem jovens invisibilizados pelas desigualdades, preconceitos e exclusões e não sentir inquietação, inconformidade e não entrar para a “turma da contestação” que deseja fabricar um antídoto contra as bactérias que violentam a integridade da juventude.

Ao entrar para a turma inconformada conhecemos diversos tipos de reações: A primeira e mais comum, são as pessoas que só procuram apontar os culpados das falhas nas poucas ações que são feitas em prol das comunidades, outras que possuem compromisso e vontade de realizar mais atividades nas periferias, só que por vezes, são um tanto fora da realidade destes jovens por utilizarem meios e pessoas externas as favelas, que sabem apenas teoricamente o que é a vida desses invisíveis (jovens que a sociedade finge não enxergá-los).

Por outro lado, vemos também, algumas instituições como exemplo, a Central Única das Favelas (CUFA), um movimento juvenil de negros e periféricos que faz totalmente o oposto - a CUFA fabrica o antídoto a partir da lógica do veneno, leva em conta a realidade de cada periferia trazendo os invisíveis de diversos estilos de vida para integrar esta “turma da contestação”.

E faz isso da maneira mais natural possível, mapeia toda a região considerada favela (locais sem infra-estrutura, saneamento básico, onde pessoas não conseguem gerir suas vidas sozinhas), visita estes locais, conhece a comunidade, escuta os problemas enfrentados pelos moradores, integra e prepara o individuo nas oficinas, cursos e demais trabalhos já realizados pela CUFA, e após, junto com eles, sai em busca da humanização do lugarejo. É uma iniciativa única no país, desta rede que hoje está nos 27 Estados.

A Liga Internacional de Basquete de Rua (LIIBRA) é um exemplo da organização e regularização de ações da “turma dos inquietos”, é realizada pela CUFA, ou seja, pelos ex-invisíveis que compõem o movimento. É um projeto esportivo, cultural e educativo para os jovens participarem com suas famílias com música e arte urbana, que pretende organizar e espalhar a "cultura da rua" por meio do esporte.

O palco da Liga é a própria favela com a proposta de revitalizar o espaço de quem lá reside, seja uma praça inteira como a Praça do Cidadão, em Ceilândia, região administrativa do DF, ou então apenas, um visual agradável longe das pichações como feito nas paredes da escola infantil de São Sebastião, também no DF. E vai além, traz as pessoas de outras localidades da cidade para conhecer o modo de vida das favelas e quem sabe, contribuir com a gestão das vidas daquelas pessoas.

O campeonato é o elo entre o esporte, a cultura Hip Hop e o movimento social, dando assim, o sentido definitivo ao basquete de Rua, que é a arte que dá ao jogador a liberdade de criar e improvisar jogadas, onde são valorizadas, principalmente, a habilidade e criatividade de cada atleta e a altura não é fator indispensável. E quem assiste a uma dessas disputas tem a garantia de presenciar um verdadeiro espetáculo, com jogadas inesperadas e enterradas sensacionais.

A LIIBRA é realizada nos 27 estados pelas bases da CUFA do período de abril a setembro, é um evento reconhecido e chancelado socialmente pela UNESCO e esportivamente pelo Ministério dos Esportes, que, hoje, agrega mais de 80 mil praticantes em todo território nacional, e que em 2008, conquistou novos horizontes, com o 1º Desafio Internacional de Basquete de Rua, envolvendo o Brasil e o Chile.

E consegue ser ainda, um exercício de (re) construção da auto-estima, algo fundamental para desconstruir o conceito histórico de incapaz, desqualificado para protagonistas de suas vidas, sagazes e preparados. Proposta esta, que todos precisam incentivar, pois impacta diretamente na vida, na sobrevivência e na dignidade da juventude brasileira que continua acreditando e apostando nas cores e na dignidade do seu país.

Por algum motivo, a organização política da juventude na sociedade brasileira foi liderada, por muito tempo, pela organização da juventude estudantil da classe média urbana, porém, o processo de quebra dessa invisibilidade dos jovens e negros moradores de periferia exige do Estado e do conjunto da sociedade (de todas as classes) diversos tipos de ações assim como a LIIBRA.

Todos os jovens precisam de oportunidade, planejar seu futuro desde cedo, se conhecer, de ousadia e estudo, limites, alguém que lhe dê mimos, de aprender a cuidar da saúde, de estar antenado nos novos acontecimentos.

Eles precisam de ações sociais da CUFA, do AFROREGGAE, da Rede de Juventude para o Meio Ambiente (REJUMA), do Plano Internacional (PLAN) de outras entidades, do Estado, da sociedade.

Eles precisam de mim.
Eles precisam de você!

quinta-feira, 1 de abril de 2010










UM SENTIDO PARA A PÁSCOA

A época é comemorativa, embora muitos não acreditem no real significado da Páscoa, ou talvez nem saibam ao certo o que tudo isso quer dizer. O fato é que por algum motivo as pessoas se confraternizam, trocam chocolates, fazem um almoço especial neste dia e procuram estar com a família na ocasião.

O sentido literal da palavra "páscoa" vem do hebraico passach, que significa passagem. Na história remete a fuga dos Hebreus do Egito para a terra prometida, guiada por Moisés. Para os cristãos significa a morte e ressureição de Jesus. Ambas portanto querem dizer que é possivel sair das trevas e entrar na luz Divina. As duas explicações levam o homem a crer num mundo melhor, num momento melhor, nas vitórias, nas alegrias de ser livre, de ser feliz.

A Páscoa é uma transição, é a construção de uma oportunidade, após uma luta que nem sempre é justa e necessária, porém é o combustível que falta para legitimizar a glória de uma batalha travada entre os povos, as raças, as pessoas, as vezes é uma luta de cada um consigo mesmo.

É importante pensar neste momento que o coelhinho e o chocolate são apenas ícones de uma passagem, não são, nem de longe, os mais importantes a serem pensados como prensentes, pura e simplesmente. O melhor agrado que se pode fazer a alguém na Páscoa é fazer este alguém enxergar o mundo como uma ponte longa e muito dificil de ser atravessada, porém com uma reconpensa muito valorosa no fim do caminho, pois no fim será possível olhar para trás e ver o que foi feito durante toda a trajetória. E se alguém olhar para ela e não visualizar nada de interessante será um sinal triste de que a ponte não serviu de nada, pois foi apenas um pedaço de chão que se perdeu pelo caminho.

Então, fazer desta comemoração um instante de reflexão, de meditação e de ações positivas para um coletivo deve ser o grande sentido da Páscoa, da Passagem, da Transição e da Glorificação do homem e da raça humana. Principalmente num mundo onde se vive apenas "o hoje" e "o meu".

Então, que neste dia, assim como em todos os outros, "recite poesias e palavras de um rei: faça por onde que eu te ajudarei".



FELIZ PÁSCOA A TODOS E TODAS!!!!!!