quarta-feira, 29 de julho de 2009

A Cesta da Vez 2009

Isso é ser CUFA !!!!!!


Cufa - Central Única das Favelas

No dia 25 de Julho de 2009 foi realizado no CECC - Centro Esportivo e Cultural da Cufa um torneio com os alunos do Projeto “A Cesta da Vez”, projeto este que conta com patrocínio do Oi Futuro através da Lei de incentivo ao Esporte. Os jovens com idade entre 10 e 20 anos são atendidos pela CUFA nas comunidades de Acari, Cidade de Deus, Complexo do Alemão e Madureira, desde agosto de 2008 eles recebem aprendizado de técnicas de basquete de rua e skate em paralelo com oficinas de cidadania (aulas de ética, respeito ao próximo, meio ambiente e reciclagem, comportamento social, educação entre outros).


Na chegada os alunos receberam um kit com lanche, squize, bandana do Oi Futuro e uma camiseta. Em seguida a execução do Hino Nacional, foi dada a largada para as competições do Dia. Ao som de muito Hip Hop, com o comando da DJ Carol Brasil nas picapes, e os MC´s Avalanche e Tiago Poeta na quadra. Muito animados alunos, instrutores e todos os envolvidos na organização desta grande confraternização, se dividiram entre a quadra de basquete e pista de skate. Contamos com a presença da Nega Gizza e Alex da Cia. Tumulto na cerimônia de abertura.


O instrutor Rena e o aluno Zezinho da oficina de Grafiti estiveram no local e mostraram mais uma vez que o grafiti está sempre presente! Ao final todos os alunos do projeto receberam medalhas por participação, pois todos eles já são vencedores por estar aqui conosco, aprendendo e se desenvolvendo no esporte.

Por: Elaine Caccavo

Fotos: Simone Soares

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Nota de Esclarecimento

Com relação à citação do nosso nome pela revista Veja, na coluna "O hip hop da Petrobras" de Diogo Mainardi esclarecemos que a edição nosso livro "Falcão: Mulheres e o Tráfico" não teve nem tem nenhum envolvimento da Petrobras, o verdadeiro alvo da publicação.

Seguindo normas do mercado, recorremos à uma produtora privada legalmente estabelecida ( a R.A. Brandão Produções Artísticas ) na qual não temos nenhuma participação societária ou financeira, para nos representar junto a uma editora privada legalmente estabelecida ( a Objetiva ), num processo
que não envolveu dinheiro público.

Como se sabe, empresas especializadas representam os artistas nas atividades ligadas a direitos autorais, arrecadação e encargos.

Assim como não nos cabe acompanhar o relacionamento dos nossos fornecedores com terceiros, não faz o menor sentido estabelecer qualquer conexão entre essas partes.

Toda a documentação contratual, inclusive declaração de imposto de renda fruto desse contrato, está à disposição de eventuais interessados.

MV Bill e Celso Athayde

quarta-feira, 22 de julho de 2009

" 1º Encontro de Graffiti Obra Prima "





Rolou o primeiro encontro obra prima, vários grafiteiros se reuniram para pintar em um muro de 30 mêtros na zona norte, no subúrbio do Rio de janeiro no bairro Fazenda Botafogo. O encontro foi realizado pelo núcleo de Graffiti da Cufa o “Obra Prima”. Na intenção de fazer uma grande junção dos alunos, ex-alunos das oficinas e grafiteiros renomados, o núcleo vai promover ações de impacto usando a arte da rua que inspira e deixa os espaços mais agradáveis, coloridos e bonitos para se apreciar.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

RPB pelo Brasil

Fase Terminal e rappers indigenas, vencedores do RPB - MS

A etapa MS do Festival Rap Popular Brasileiro movimentou Campo Grande no ultimo final de semana, 22 grupos de Dourados, Ivinhema e Campo Grande concorreram à vaga para a final nacional que ocorrerá em outubro no Rio de Janeiro.

O grupo fase Terminal, com a música No Yakee foi o grande vencedor do evento, seguido pelos grupos Inspiração Divinal, 2º, com a música Sem Deus e em 3º o grupo Tática 3 com a música Está Consumado, todos os dois últimos de Campo Grande.

A diversidade dos temas das músicas foi uma das características marcantes do festival. Cultura, violência, igualdade racial e gospel foram alguns dos temas abordados nas músicas. “O festival é maravilhoso e essa iniciativa da CUFA traz o reconhecimento de anos de trabalho e ajuda na visibilidade dos grupos locais, tanto no seu estado, como a levar o nome do nosso estado para fora, para o Brasil conhecer”, lembra Dani Muniz, uma das vocalistas do grupo vencedor.

Mais de mil pessoas passaram pelo evento que durou o dia todo, os grupos mostraram o melhor do rap do estado, que com muita luta avança aqui nessa região de cultura agropecuária, a conhecida “cultura do boi”, mostraram como anos de trabalho e força de vontade resultam em reconhecimento e sucesso.

Agora todo o estado torce que o grupo Fase Terminal faça uma ótima apresentação em terras cariocas, e mostre que no interior do interior do Brasil o rap é de muita qualidade e não deixa a desejar nada aos grupos do resto do país.

Importante !!!!






Pesquisadores da Embrapa Agroindústria de Alimentos querem estimular no brasileiro o hábito de comer frutas e hortaliças que, atualmente, está muito abaixo do total recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 400 gramas por pessoa, no mínimo, por dia. O consumo médio por brasileiro é de apenas um terço dessa quantidade recomendada pela entidade.

Para isso, a Embrapa Agroindústria de Alimentos desenvolveu um projeto de promoção do consumo de frutas, legumes e hortaliças (FLV). A coordenadora do projeto, Virginia Matta, informou que o projeto pretende estimular o consumo desses alimentos por meio da distribuição de livretos educativos, em uma ação que abrange as famílias, escolas e creches, pontos de venda e empresas. Inicialmente, a ação será desenvolvida em Guaratiba, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Virginia Matta disse que a população brasileira, de um modo geral, ainda não percebeu os benefícios que a ingestão de frutas e hortaliças traz para a saúde. 'É preciso levar às pessoas o conhecimento de como é fundamental, cada vez mais, o consumo de frutas, legumes e verduras para a promoção e a manutenção da saúde'. O projeto FLV busca promover uma mudança de hábito no brasileiro.

Segundo Virginia, a ingestão desses alimentos protege o organismo contra deficiências de vitaminas e minerais e aumenta a resistência às infecções. 'Hoje já se sabe que esse é um dos principais fatores de risco para doenças não transmissíveis, as doenças crônicas, como doença cardiovascular, diabetes, obesidade e alguns tipos de câncer. O não consumo ou o consumo abaixo do recomendado é um dos dez principais fatores de risco para essas doenças. Se você não consome, está mais sujeito a essas ocorrências', revelou.

Com base na última pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Virginia afirmou que o consumo de frutas e hortaliças é baixo em todo o país, independente da classe de renda. 'A gente sabe que a diferença é maior nas classes mais baixas. Mas mesmo as classes média e alta têm consumo ainda abaixo do recomendado'. Isso decorre principalmente da falta de hábito e de um problema de desinformação, explicou.

O projeto 'Construção de uma estratégia de intervenção em nível local para a promoção do consumo de frutas, legumes e verduras (FLV)' engloba três livretos, que são dirigidos aos professores, agentes de saúde e gestores escolares. Uma das dicas apresentadas é substituir no consumo de sopas, no dia a dia, parte da batata, inhame e aipim por chuchu, cenoura, couve e abobrinha. Os pesquisadores sugerem também que se reduza a quantidade de sal e de temperos prontos nos alimentos, trocando-os por limão e ervas, entre as quais a salsa, cebolinha, manjericão e orégano.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Exploração Infantil: 144 mil crianças trabalham no Pará


Quando os carros param no sinal vermelho ele começa a agir. Limpa vidro de um veículo, pede uns centavos para outro e assim, o garoto de apenas 15 anos ganha a vida. O local em que trabalha, a rua, faz parte do cotidiano dele desde os 13 anos, desde que foi expulso da escola, quando cursava a 5ª série.

“Eu fui expulso da escola e parei de estudar, porque não consegui mais vaga em outra e aí ficava em casa. Quando a situação começou a apertar eu decidi trabalhar junto com os meus outros três irmãos lá na Praça da República”. O menino, de aparência cansada, mas ao mesmo tempo alegre, conta que tem outros 13 irmãos, mas que apenas os quatro ficam na rua para ajudar no orçamento da família. “O meu pai é aposentado, mas o dinheiro que ele ganha é pouco e a minha mãe não pode trabalhar”.

Ele diz que trabalha no sinal da avenida Pedro Álvares Cabral, não só para ajudar em casa, mas para comprar suas próprias coisas. “Eu venho para cá às 8h e saio às 17h e consigo ganhar uns R$ 40,00 por dia. Dou para a minha mãe e ela vai guardando”.

A adolescente de 17 anos, que trabalham no mesmo sinal vendendo bombons explica que a independência financeira é o que a leva todos os dias para a rua. “Trabalho com venda desde os 12 anos. Comecei a vender bolo e depois bombons. Eu sempre vendi, porque gosto de trabalhar e ter o meu dinheiro”. Segundo a jovem, seus pais trabalham e ganham o suficiente para sustentá-la, mas prefere ter seu próprio dinheiro. Apesar de sair para vender por vontade própria, a menina conta que trabalhar dessa forma não é muito fácil. “Às vezes a gente escuta umas coisas que não são muito legais”.

Mesmo trabalhando durante a tarde, a adolescente afirma que não parou de estudar e que ainda tem sonho de um dia ser jornalista. Hoje ela faz o 1° ano do Ensino Médio e se prepara para o vestibular. “Tem dias que eu saio daqui cansada, mas chego em casa e estudo. Eu trabalho, mas sei dividir o tempo entre a escola e as outras coisas da vida. Não penso no meu futuro aqui. Quero trabalhar em uma empresa e ganhar bem, com carteira assinada e todos os benefícios”. Assim como eles, outras 246.614 crianças e adolescentes vivem na mesma situação, no Pará, somente crianças com idade entre 05 e 15 anos são 144.159. Apesar de haver um registro de queda de 14%, de 2007 para 2008, o número de crianças e adolescentes com os direitos violados ainda é significativo.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Hutúz 10 Anos

Hutúz 2009 é nota 10. Marca os dez anos do maior Prêmio de Hip Hop do Brasil, palco que muitos artistas fora, descobertos, revelados e por que não ovacionados. O Prêmio Hutúz tem um desafio principal: mostrar aos berços do Hip Hop que é possível produzir uma premiação clássica com qualidade e respeito aos participantes. O Hip Hop através do Hutúz provou que era possível, hoje a CUFA decide terminar com a festa dessa premiação, mas não com o Prêmio, com a certeza que os estados estão prontos para realizar seus Prêmios e naturalmente construir outras premiação e continuar valorizando a arte dos guetos, como o Hutúz mostrou uma arte que dialoga com outras culturas e universos.

Neste ano, a última festa do Prêmio Hutúz, faremos uma grande festa de aniversário, vamos comemorar essa data relembrando os grandes momentos desses felizes dez anos de sucesso. Os grandes shows, os grandes filmes e tudo mais...

Nessa edição permitimos que você vote em cinco indicados de cada categoria, na primeira fase de votação, os dez mais votados seguirão para segunda fase onde você escolherá os três melhores de cada categoria, que no dia da premiação serão nomeados os melhores do Hip Hop do Século XXI.


Mas informações : www.hutuz.com.br

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Vem aí ... VIRADÃO ESPORTIVO


É um projeto de abrangência nacional, que visa incentivar as mais diversas práticas esportivas, reafirmando o impacto social e a importância do exercício da cidadania.
Mobilizando a maior quantidade de cidades possível, numa grande  maratona esportiva com duração de 31 horas ininterruptas, daremos visibilidade aos eventos realizados nas periferias que geralmente não fazem parte de calendários formais.
O Viradão trará um cardápio de atividades e eventos esportivos, sejam eles os mais clássicos, quanto os mais atípicos, que nem sempre são de conhecimento do grande público. Assim, faremos a comunicação entre grandes espetáculos esportivos e os esportes ainda em desenvolvimento.

Através do esporte alcançamos crianças, jovens e adultos, pois as modalidades esportivas possuem grande apelo na sociedade.
 
Pensando nisso, a CUFA e seus parceiros, propõem a realizar uma grande mobilização nacional, parceria esta que se desdobra em um grande Viradão nacional, através do apoio de seus parceiros que, juntos, convidarão associações, clubes, escolas, forças armadas, universidades, federações, confederações, dentre outras organizações, para, juntas, concluírem essa ação.
 
Será incorporada à programação oficial do evento toda e qualquer iniciativa esportiva / modalidade que tiver interesse em participar.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

ATRIZ MOÇAMBICANA É DISCRIMINADA NO BRASIL


“Então é verdade, no Brasil é duro ser negro?”
A mais importante atriz de Moçambique diz ter sofrido discriminação racial em São Paulo
Eliane Brum
Fazia tempo que eu não sentia tanta vergonha. Terminava a entrevista com a bela Lucrécia Paco, a maior atriz moçambicana, no início da tarde desta sexta-feira, 19/6, quando fiz aquela pergunta clássica, que sempre parece obrigatória quando entrevistamos algum negro no Brasil ou fora dele. “Você já sofreu discriminação por ser negra?”. Eu imaginava que sim. Afinal, Lucrécia nasceu antes da independência de Moçambique e viaja com suas peças teatrais pelo mundo inteiro. Eu só não imaginava a resposta: “Sim. Ontem”.
Lucrécia falou com ênfase. E com dor. “Aqui?”, eu perguntei, num tom mais alto que o habitual. “Sim, no Shopping Paulista, quando estava na fila da casa de câmbio trocando meus últimos dólares”, contou. “Como assim?”, perguntei, sentindo meu rosto ficar vermelho.
Ela estava na fila da casa de câmbio, quando a mulher da frente, branca, loira, se virou para ela: “Ai, minha bolsa”, apertando a bolsa contra o corpo. Lucrécia levou um susto. Ela estava longe, pensando na timbila, um instrumento tradicional moçambicano, semelhante a um xilofone, que a acompanha na peça que estreará nesta sexta-feira e ainda não havia chegado a São Paulo. Imaginou que havia encostado, sem querer, na bolsa da mulher. “Desculpa, eu nem percebi”, disse.
A mulher tornou-se ainda mais agressiva. “Ah, agora diz que tocou sem querer?”, ironizou. “Pois eu vou chamar os seguranças, vou chamar a polícia de imigração.” Lucrécia conta que se sentiu muito humilhada, que parecia que a estavam despindo diante de todos. Mas reagiu. “Pois a senhora saiba que eu não sou imigrante. Nem quero ser. E saiba também que os brasileiros estão chegando aos milhares para trabalhar nas obras de Moçambique e nós os recebemos de braços abertos.”
A mulher continuou resmungando. Um segurança apareceu na porta. Lucrécia trocou seus dólares e foi embora. Mal, muito mal. Seus colegas moçambicanos, que a esperavam do lado de fora, disseram que era para esquecer. Nenhum deles sabia que no Brasil o racismo é crime inafiançável. Como poderiam?
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