quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Curro Velho - Historia
Primeiro matadouro da cidade, o Curro Público de Belém foi construído e inaugurado pelo presidente da Província, Francisco Carlos Brusque, em 1861. Seu estilo é resultado da forte influência neoclássica sofrida pela arquitetura paraense, em meados do século passado, tendo como exemplos significativos o Teatro da Paz, o Mercado de São Braz e o Palácio Antônio Lemos.
O Curro Público de Belém forneceu carne de origem certa e sabida para a população durante 40 anos. Mas, no início do século, foi atropelado por novas técnicas de abate e pelo crescimento da cidade. Em 1905, o intendente Antônio Lemos inaugurou novo matadouro, na Vila de Pinheiros, hoje Icoaraci. O Curro Público ainda resistiu sete anos, sendo desativado em 1912. Dai em diante viveu longas temporadas de abandono, abrigou atividades insólitas, chegou a ser depósito de gás e de outros produtos químicos.
Somente em 1983 teve o reconhecimento de seu valor, quando foi tombado. Cinco anos depois foi restaurado para abrigar o projeto da Fundação Curro Velho. O Curro, que conviveu muitos anos com a morte, renasceu para recriar a vida.
Situado no bairro do Telégrafo, às margens da Baia de Guajará, possibilita um excelente aproveitamento do seu entorno, com áreas de convivência e lazer, além de seus espaços internos, adequados à instalação de oficinas, anfiteatro, biblioteca, loja, etc...
Belém é uma cidade contornada por água, no entanto poucos são os pontos onde é possível a contemplação da natureza. Sua orla é quase que completamente tomada por equipamentos (institucionais, particulares, comunitários), com funções as mais variadas possíveis. A criação da Fundação Curro Velho possibilitou a convivência com esta paisagem rica em beleza e tipicamente amazônica.