Levar esperança para detentos dos
centros de recuperação de Belém, foi com esse recado que o Projeto Crias do
Futuro encerrou nos dias 26 e 27 de julho suas oficinas de percussão e
fotografias nos Centros de Recuperação do Coqueiro (CRC) e Centro de
Recuperação Feminina (CRF) respectivamente.
O primeiro encerramento ocorreu
no CRC no dia 26 de julho, os detentos depois de quase seis meses fizeram um
show em que mostraram toda sua habilidade como percussionistas. A oficina
ocorreu em duas etapas, uma que consistiu na confecção dos instrumentos e a
segunda foi à parte de musicalização em que os alunos aprenderam os ritmos
regionais para a apresentação.
Um dos detentos que participou das
oficinas foi Januário Palheta, ele que já tem uma formação musical se
surpreendeu com o que aprendeu durante o curso. “Foi maravilhoso participar
desse trabalho. O Crias junto com Cufa deram uma oportunidade única para nós
detentos, por meio desse trabalho temos esperança de ter uma vida melhor lá
fora quando sairmos, pois aprendemos uma profissão aqui”, conta Januário.
O instrutor da parte de
musicalização, o músico João Paulo Pires, contou a importância de fazer uma
oficina de percussão dentro do centro. “Os alunos me surpreenderam nesse
trabalho desenvolvido. Vejo que por meio da música eles aprenderam bons
valores, essas oficinas do Crias do Futuro é uma coisa real, concreta para os
detentos que melhora sua autoestima e lhes dá esperança fora desses muros”.
Na sexta-feira dia 27 de julho,
foi à vez do CRF, uma exposição que mostrou a visão que detentas do centro têm
atrás das grades. Foram quatro meses em que elas aprenderam técnicas de
fotografia, sendo uma dessas a técnica de pinhole. Desse trabalho forma
selecionadas 31 fotografias para uma exposição no CRF, todas ficaram surpresas
com seu desempenho. Segundo o instrutor Elrik Lima, todas se formaram com excelência.
“Tenho certeza que formei boas profissionais para mercado de fotografia, formei
boas concorrentes” comenda o instrutor do projeto Crias do Futuro.
Ao final de cada encerramento,
todos os detentos e detentas receberam seus certificados, lhes habilitando
oficialmente como percussionistas e fotografas. Agora o projeto entra em
processo de avaliação de suas atividades e começa se planejar para que possa
continuar desenvolvendo suas ações e continuar levando cultura e esperança nas
periferias da capital e por que não do interior.