Encerramento do Projeto Cine Periferia vai montar cinema no Complexo Ver-o-Rio
O projeto Cine Periferia Itinerante encerra nesta sexta-feira, 16 de dezembro, no complexo Ver-O-Rio. Além do filme “5xFavela, Agora por nós mesmos”, o projeto vai apresentar o primeiro resultado da “Oficina de introdução ao Audiovisual”, escrito, produzido e dirigido pelos alunos da Escola Temistócles de Araújo, na Marambaia.
O filme curta-metragem chamado “Consequências” mostra uma reflexão dos alunos sobre o bulliyng. Para o ministrante da oficina Elrick Lima, o resultado foi uma surpresa. “Eles mesmos escreveram as cenas de um dia para o outro e eles mesmo atuaram no filme, além de fazer a direção. O resultado me surpreendeu”, afirma. O ator principal, o aluno de 15 anos, Itair Filho, explica que nunca tinha sequer sonhado em participar de um projeto desse porte e que apesar de cansativo foi enriquecedor. “O mais difícil mesmo foi viver o personagem que sofre bulliyng porque eu nunca tinha pensado diretamente no assunto e sofrer todas as aquelas agressões gratuitas, nossa, é muito difícil”, reflete o estudante.
Outro que também se revelou ator dentro da oficina foi Bruno Macedo, 17 anos, no filme, ele interpreta um dos agressores. Para ele, o mais incrível foi ver o resultado de uma semana de trabalho, uma vez que a realização das cenas é sem ordem e o número de repetições não deixa espaço para imaginar como fica o produto final. “Uma semana foi pouco. Tudo isso é novo para todos nós e, além de produzir o vídeo, a gente ainda teve a chance de discutir um problema que é comum dentro da escola”, explica Bruno.
Centro de Recuperação Feminino recebe oficina de Audiovisual
Depois da Marambaia e do Guamá, as oficinas chegam ao Centro de Recuperação Feminino. O objetivo das oficinas é também mostrar que o cinema pode ser um veículo de transformação e informação, principalmente para as camadas onde a sétima arte é tratada apenas como produto de consumo. O projeto Cine Periferia Pai D’égua é uma iniciativa da ONG Crias do Futuro em parceria com a Cufa-Pa. As oficina acontecer de 12 a16 de dezembro.
Em Outubro as internas tiveram uma sessão de cinema, onde o filme “Quem faz a minha moda sou seu”, mostrou como uma ex-detenta reconstruiu sua vida após passar pela mesma situação em que estão as internas. “O que a gente quer agora é mostrar para elas como também fazer isso, como contar a história delas, oferecer as técnicas para que elas possam se mostrar e assim sair dessa condição com mais ferramentas de sobrevivência”, conta Aline Machado, coordenadora geral da ONG.
A oficina vai abranger técnicas de captação de imagens, edição e roteirização de histórias e documentários. São 20 horas aulas e no fim elas deverão apresentar um produto final em forma de filme ou documentário sobe o cotidiano delas na instituição. Para o ministrante da Oficina Elrick Lima, o importante é fazer com que elas sintam que suas vidas tem importância.
Apresentação no Ver-o-Rio encerra Itinerância do Projeto
Depois de percorrer 16 locais da grande Belém, levar cinemas para as ilhas e ainda discutir a situação social do país em locais como o Centro de Recuperação Feminino e ainda com os internos da FASEPA, chega ao fim o projeto Cine Periferia Itinerante. O encerramento será nesta sexta-feira, dia 16 de Dezembro, no complexo Ver-O-Rio.
O filme exibido será o “5xFavela, Agora por nós mesmos” um projeto idealizado pela Cufa nacional que fez com que os moradores das favelas cariocas colocassem a mão na massa e discutissem o que há de melhor e de pior em suas comunidades.
Os projetos Cine Periferia Pai D’égua, Cine Periferia Itinerante e Oficinas de Audiovisual são uma promoção e realização da ONG Crias do Futuro, que nasceu em 2008, cuja função é desenvolver projetos que auxiliem o desenvolvimento e de ferramentas de construção de novas alternativas de inclusão, reconstrução de valores e do desenvolvimento humano. A Central Única das Favelas também é parceira nesse projeto.
Nessas ações de Cinema, a ONG tem a patrocínio da Oi, da Semear, Governo do Pará e apoio cultural do Oi Futuro e Fundação Cultural Tancredo Neves.
Sobre o Oi Futuro
O Oi Futuro tem a missão de democratizar o acesso ao conhecimento para acelerar e promover o desenvolvimento humano. O principal foco das ações do instituto de responsabilidade da Oi é a promoção de um futuro melhor para os brasileiros, reduzindo distâncias geográficas e sociais. Os programas Oi Tonomundo, Oi Kabum! (escolas de arte e tecnologia), NAVE e Oi Novos Brasis atendem 600 mil crianças e jovens, desenvolvendo metodologias educacionais inovadoras, promovendo a inclusão digital e fornecendo conteúdo pedagógico para a formação de professores e educadores da rede pública. O Oi Conecta, um programa em parceria com o Governo Federal, leva banda larga a mais de 40 mil escolas públicas, beneficiando milhões de alunos. Na área cultural, o Oi Futuro atua como gestor do Programa Oi de Patrocínios Culturais Incentivados, mantém dois espaços culturais no Rio de Janeiro (RJ) e um em Belo Horizonte (MG), além do Museu das Telecomunicações nas duas cidades. O Oi Futuro apoia, ainda, projetos aprovados pela Lei de Incentivo ao Esporte. A Oi foi a primeira companhia de telecomunicações a apostar nos projetos sócio-educativos inseridos na nova Lei. www.oifuturo.org.br.
