Há três meses detentos do Centro de Recuperação do Coqueiro (CRC) participam
da oficina de percussão promovida pelo projeto Crias do Futuro. A ação é
ministrada pelo músico João Paulo Pires que dos 13 anos e carreira como percussionista profissional, a seis doa uma parte do seu tempo no desenvolvimento de ações de
cunho social. O projeto é uma realização da ONG Crias
do Futuro e CUFA Pará com patrocínio da Oi, e com apoio Cultural do Oi Futuro e
do Governo do Estado do Pará, através da Lei Semear e da Fundação Cultural
Tancredo Neves.
As oficinas além de levar a arte de percussão para dentro do centro,
têm como objetivo também divulgar a cultura musical por meio dos ritmos. Outra
finalidade da ação é de desenvolver o lado cognitivo dos detendo e ajudar na
melhora da auto-estima dos mesmos.
Segundo João Paulo as oficinas têm tido bons resultados. “A dedicação
dos alunos é surpreendente, se dependesse deles todos os dias haveria aulas de
percussão. As aulas é a possibilidade de fazerem algo real, algo que sirva para
eles fora da cadeia, além de se sentirem valorizados”, completa João.
A oficina de percussão não é importante apenas para os detentos, mas
também para o instrutor João Paulo. Para o músico é a possibilidade de levar
sua arte além dos palcos. “Estou me descobrindo por meio deste trabalho, a
chance de desenvolver esse trabalho está sendo muito importante. Levar
esperança para os alunos me faz crescer como pessoa. Espero que um dia eu possa
dividir o palco com eles e indicá-los para futuros trabalho fora desses muros”,
conta o instrutor.
A oficina de percussão já está na sua segunda
etapa, que é a de musicalização. Na primeira os detentos aprenderam a construir
os instrumentos de percussão, esse momento foi ministrado pelo Luthie,
Francisco Carlos Matos da Silva (Zeti). Ao
final os detentos formarão um grupo de percussionistas e farão uma apresentação para mostrar
os conhecimentos aprendidos.