terça-feira, 29 de maio de 2012

Internos do Sistema Penal Paraense pegam em câmeras e contam sua história


Provocar a periferia para que ela pudesse finalmente contar sua própria história esse foi o objetivo do Projeto Cine Periferia Pai D’Égua realizado pela Cufa Pará e ONG Crias do Futuro. O projeto promoveu oficinas de audiovisual em bairros periféricos da cidade e nos dois Centros de Recuperação que ficam dentro de Belém, o Feminino e do Coqueiro. Agora os resultados desse trabalho serão apresentados pela primeira vez em tela grande no dia 31 de Maio, no centenário Cinema Olympia.

Os 20 detentos que participaram das oficinas dentro dos Centros de Recuperação e suas famílias estarão presentes para ver o trabalho realizado nos curtas-documentais “A vida no Cárcere” e “Ressocializar: É preciso?”.

Os dois documentários tratam especificamente da vida dessas pessoas dentro dos Centros de Recuperação e dão voz para aqueles que um dia tiveram sua liberdade cerceada por seus atos. Entre os pontos levantados estão o fato do quanto aprenderam mais e tiveram mais noções do que é vida depois de presas do antes. Esse é o ponto base do documentário “Ressocializar: É preciso?”

Segundo o ministrante das oficinas, Elrik Lima, a discussão levantadas pelo internos era que não era possível ressocializar um ser humano que nunca tinha sido sociável. “Isso fica bem claro em uma das falas de um dos detentos, eles mostram todas as oportunidades dentro do cárcere e fazem o contra ponto com a liberdade, onde nenhuma oportunidade de formação, emprego e renda lhes foi dada”, afirma Elrik Lima.

Para a coordenadora da Cufa Pará, Aline Machado, os três curtas documentários e o de ficção são exatamente aquilo que é o mote principal do projeto. “É a periferia falando de sua realidade, falando o que pensa, mostrando como vive. Dessa vez somos nós que dizemos quem somos e a que viemos. Dessa forma não precisamos que estudiosos, antropólogos, psicólogos venham nos dizer quem somos. Se tivermos instrumentos para nos mostrar nós mesmos fazemos as nossas reflexões e buscamos uma melhora na nossa qualidade de vida”, aponta a coordenadora.

A primeira versão do Projeto Cine Periferia Pai D’égua teve o patrocínio da Oi, com apoio cultural da Oi Futuro, Lei Semear, Fundação Cultural Tancredo Neves e Governo do Estado. 

Serviço: Lançamento dos filmes do Cine Periferia Pai D’Égua                                
Data:31/05/32012
Hora: 19h
Local: Cine Olympia – Av. Presidente Vargas
Contato: Marcia Lima – 83001636 / 9289 8703 
              Aline Machado - 8383-7883
              Marcos Paulo - 8236-1712
              Victor Pamplona - 8173-3957

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Cine Periferia Pai D´Égua

Os primeiros resultados do Projeto Cine Periferia Pai D’Égua serão lançados no próximo dia 31 de maio. O centenário Cinema Olympia será o palco para a primeira exibição dos três documentários e do curta-metragem de ficção realizados pelos alunos das Oficinas de Audiovisual. Guamá, Marambaia e os Centros de Recuperação do Coqueiro e Feminino receberam as oficinas. 

Os jovens do Guamá produziram um curta documental chamado “Improvisation”, onde discutem as condições em que moram e sobre como a população vê os moradores do bairro, com bastante humor. A primeira versão do Projeto Cine Periferia Pai D’égua teve patrocínio da Oi, com apoio cultural do Oi Futuro, Lei Semear, Fundação Cultural Tancredo Neves e Governo do Estado.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Jovens participam de oficina de Dança de Rua da ONG Crias do Futuro na Pedreira

Há exatas duas semanas que o projeto Crias do Futuro está promovendo oficinas de dança de rua para jovens no bairro da Pedreira em Belém. As atividades estão sendo ministrada pelo dançarino Kleodon dos Santos Gonçalves, mais conhecido como Kekeu que é um dos finalistas da Batalha de Bboys do TV Xuxa da Rede Globo.

A oficina vai atender cerca de 20 jovens gratuitamente, e tem objetivo levar o aprendizado sobre os passos de Break Dance, Bboys, além de contar um pouco da história e do movimento de cultura de rua. O projeto é uma realização da ONG Crias do Futuro e CUFA Pará com patrocínio da Oi, e com apoio Cultural do Oi Futuro e do Governo do Estado do Pará, através da Lei Semear e da Fundação Cultural Tancredo Neves.
  
Para o instrutor Kekeu oferecer uma oficina como essa é a chance de mostrar a outros jovens um universo quase desconhecido e que pode abrir muitas portas. “Eu comecei a dançar aos 11 anos, quando meu irmão me convidou para ir com ele. Desde então minha vida tem girado em torno da dança de rua, nas batalhas nacionais e internacionais e nas competições”, conta o dançarino.

Ele ainda conta que a oficina servirá para mostrar que dança de rua é uma profissão. “Os alunos que participarem das atividades irão receber certificados, como qualquer outra atividade de qualificação”, completa Kekeu.

Kekeu informa que em outras condições uma pessoa nascida no bairro em que nasceu e com as condições em que levou a vida, jamais teria chegado tão longe. “Dança de rua me abriu portas, e me fez conhecer pessoas que eu nunca teria entrado em contato se tivesse seguido outro caminho”, afirma.

A oficina é diária com duração de 3 horas, na Academia Max Forma na Pedreira e terá a duração de dois meses. As inscrições ainda podem ser, basta comparecer no local. Mais informações pelo telefone (91) 33479483.